A polícia de São Paulo fez uma operação na região conhecida como Cracolândia.
O trabalho de limpeza marcou o fim da operação que começou na madrugada desta quarta-feira (11); 650 policiais civis, militares e guardas civis metropolitanos cercaram a praça Princesa Isabel, no centro de São Paulo.
Uma parte revistava dependentes de droga; outra procurava 36 suspeitos de tráfico, com prisão decretada pela Justiça.
Alguns aparecem em vídeos, gravados pela polícia, vendendo droga debaixo de barracas improvisadas. Durante a operação, os policiais prenderam cinco pessoas, a maioria em flagrante, com pequenas porções de maconha, cocaína e crack.
“A operação continua, os mandados de prisão são válidos, para que todos sejam colocados atrás das grades porque é o lugar onde o traficante deve estar”, diz o delegado Roberto Monteiro.
A operação da polícia fez os dependentes químicos se espalharem pelo Centro de São Paulo. Durante a tarde, a equipe do Jornal Nacional observou duas grandes concentrações, perto da praça onde eles estavam.
No começo da noite, esse grupo mais numeroso estava sendo dispersado pelos guardas municipais. À noite, outra praça no Centro já estava ocupada.
Ariel de Castro Alves, advogado especializado em Segurança Pública, defende ações mais amplas.
“É claro que o combate ao tráfico de drogas é importante, mas nós precisamos, de fato, termos lá o atendimento social e de saúde pública”, afirma.
A prefeitura diz que caminha nesse sentido. “Desapropriamos vários imóveis que eram usados pelos traficantes, ou mesmo como pensões para os usuários. Estamos ressignificando todo aquele território, onde estava enraizado o crime organizado”, diz o secretário-executivo de Projetos Estratégicos na Prefeitura de São Paulo, Alexis Vargas.