A taxa de desocupação no Brasil caiu para 6,9% no trimestre encerrado em junho de 2024, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o menor índice registrado para um trimestre encerrado em junho desde 2014, quando a taxa também foi de 6,9%.
O número de pessoas ocupadas atingiu um novo recorde, com 98,3 milhões de brasileiros empregados. Este aumento reflete uma recuperação contínua do mercado de trabalho após os impactos severos da pandemia de COVID-19, que havia elevado significativamente as taxas de desemprego nos anos anteriores.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE revelou que a população desocupada caiu para 7,8 milhões de pessoas, uma redução de 8,8% em comparação com o trimestre anterior. Este declínio representa 751 mil pessoas a menos em busca de emprego.
O setor de serviços foi o principal responsável pela criação de novas vagas, seguido pela indústria e pela construção civil. A agricultura também apresentou um leve crescimento no número de postos de trabalho, contribuindo para a queda na taxa de desocupação.
Especialistas apontam que a recuperação do mercado de trabalho está sendo impulsionada por uma combinação de fatores, incluindo políticas governamentais de incentivo à contratação, aumento da confiança dos empresários e uma retomada gradual da economia global.
Apesar dos avanços, ainda existem desafios significativos a serem enfrentados. A taxa de subutilização da força de trabalho, que inclui pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas, desalentadas e a força de trabalho potencial, permanece alta, indicando que muitos brasileiros ainda enfrentam dificuldades para encontrar empregos adequados.
O governo federal tem implementado diversas medidas para continuar estimulando a criação de empregos, como programas de qualificação profissional e incentivos fiscais para empresas que contratem novos funcionários. Essas iniciativas são vistas como cruciais para sustentar a recuperação do mercado de trabalho.
A expectativa é que a taxa de desocupação continue a cair nos próximos trimestres, à medida que a economia se fortalece e mais setores retomam suas atividades normais. No entanto, a sustentabilidade dessa recuperação dependerá de fatores internos e externos, incluindo a estabilidade política e econômica do país e a evolução da economia global.
Em resumo, a queda na taxa de desocupação para 6,9% e o recorde no número de pessoas empregadas são sinais positivos de recuperação do mercado de trabalho no Brasil. No entanto, a manutenção desse progresso exigirá esforços contínuos e políticas eficazes para enfrentar os desafios remanescentes.