Conforme expõe o Dr. Ciro Antônio Taques, os protocolos de manejo da ansiedade em emergências são essenciais para oferecer respostas rápidas e seguras diante de crises agudas em pronto atendimento, unidades móveis ou ambientes corporativos. A padronização de condutas reduz riscos, agiliza decisões e melhora a experiência do paciente, que se sente acolhido e orientado. O objetivo imediato é estabilizar sinais vitais, conter a escalada da ansiedade e restabelecer o senso de controle.
Em seguida, a equipe deve orientar a continuidade do cuidado, evitando recorrências nas horas ou dias seguintes. Assim, integra-se assistência técnica, comunicação clara e fluxos de encaminhamento, preservando dignidade e segurança. Leia mais a seguir:
Protocolos de manejo da ansiedade em emergências: triagem e estabilização imediata
A triagem inicia pela checagem de segurança do cenário e pela avaliação rápida de vias aéreas, respiração e circulação, além do nível de consciência. Para o Dr. Ciro Antônio Taques, diferenciar ansiedade aguda de condições tempo-dependentes evita atrasos críticos. Enquanto se confirmam parâmetros, a equipe orienta a pessoa a sentar-se com apoio dorsal, solta peças de roupa apertadas e controla estímulos ambientais (ruído, calor e excesso de espectadores).
Com risco orgânico afastado, inicia-se a estabilização não farmacológica. O profissional conduz respiração diafragmática cadenciada (inspirar por quatro tempos e expirar por seis), promove ancoragem sensorial 5-4-3-2-1 e orienta relaxamento muscular progressivo, de mãos e ombros para tronco e pernas. O tom de voz deve ser calmo e assertivo, com frases curtas que devolvam previsibilidade (“vamos respirar juntos; eu guio o ritmo”).
Protocolos de Manejo da Ansiedade em Emergências: técnicas rápidas e comunicação eficaz
A intervenção breve organiza-se em ciclos de três a cinco minutos. Conduza duas rodadas de respiração 4-6, siga com uma sequência de grounding e finalize com reestruturação cognitiva pontual (“sensações são intensas, mas passam; aqui você está seguro”). Como alude o médico clínico geral Ciro Antônio Taques, técnicas como box breathing 4-4-4-4 e contagem regressiva com foco em detalhes concretos (cores, texturas, sons) diminuem hiperfoco nos sintomas físicos, quebrando o ciclo medo-evitação.

A comunicação deve ser empática e orientada por evidências. Evite adjetivos dramáticos e termos que reforcem catástrofe; explique o que está sendo feito, por que e por quanto tempo. Em casos recorrentes, entregue um plano de bolso: passos de respiração, lista de gatilhos, números úteis e sinais de alerta que exigem retorno. Se o contexto permitir, proponha breve ensaio comportamental para futuras situações (locais fechados, viagens, reuniões), com escolha de estratégias preferidas.
Decisões clínicas e continuidade do cuidado
A decisão farmacológica deve ser criteriosa e de duração limitada, priorizando segurança e metas claras. Segundo o Dr. Ciro Antônio Taques, quando o manejo não farmacológico não basta e a crise persiste com sofrimento intenso, fármacos de ação rápida podem ser considerados conforme protocolos locais e histórico do paciente, sempre avaliando interações e comorbidades. Antes da alta, reavalie sinais vitais, risco de autoagressão, uso de substâncias e suporte social.
A continuidade do cuidado reduz recorrências e superlotação de serviços. Estruture encaminhamentos para psicoterapia baseada em evidências (TCC, treino de relaxamento, mindfulness), grupos de psicoeducação e acompanhamento médico. Estabeleça indicadores simples para monitorar evolução: frequência de crises, intensidade média, tempo para remissão e impacto funcional. Padronize registros com a equipe para compartilhar lições aprendidas, reforçar boas práticas e identificar lacunas de recursos.
Em suma, os protocolos de manejo da ansiedade em emergências funcionam como mapa confiável para intervir com rapidez, reduzir danos e restaurar a autonomia do paciente. De acordo com o Dr. Ciro Antônio Taques, o binômio triagem segura + técnicas breves baseadas em evidências, somado a decisões clínicas prudentes e plano de continuidade, gera resultados superiores e sustentáveis.
Autor: Julya Matroxy