Segundo o doutor Carlos Eduardo Moraes Nunes, o Brasil possui uma legislação rigorosa para proteger o meio ambiente, e as propriedades rurais não estão isentas dessas normas. Quando o proprietário rural comete crimes ambientais, como desmatamento ilegal, poluição de corpos d’água ou o uso indiscriminado de agrotóxicos, ele pode ser responsabilizado legalmente. Mas, afinal, quais são as punições para quem descumpre as normas ambientais? Confira a seguir!
Quais são as principais infrações ambientais no campo?
No contexto rural, as infrações ambientais mais comuns envolvem práticas como o desmatamento ilegal, a degradação de nascentes e o uso inadequado de agrotóxicos. Essas ações impactam negativamente o meio ambiente, além de comprometerem a qualidade da terra e da água. A destruição de áreas de preservação permanente (APPs) e a exploração ilegal de recursos naturais também são exemplos frequentes de infrações cometidas nas propriedades rurais.
Essas práticas ilegais não apenas causam danos ao meio ambiente, mas também podem afetar a biodiversidade e agravar os problemas climáticos. Como ressalta o advogado Carlos Eduardo Moraes Nunes, a preservação de áreas naturais é essencial para manter o equilíbrio ecológico, e qualquer violação da legislação ambiental pode resultar em multas e outras penalidades. Por isso, os proprietários devem estar atentos às normas ambientais para evitar implicações legais.
Como as multas são calculadas e quais seus valores?
Conforme explica Carlos Eduardo Moraes Nunes, sócio-fundador do escritório Gonçalves e Nunes Advogados Associados, as multas por crimes ambientais são calculadas com base na extensão do dano causado, no tipo de infração e na área afetada. No caso do desmatamento ilegal, por exemplo, os valores das multas podem ser extremamente altos, podendo ultrapassar milhões de reais, dependendo do tamanho da área desmatada.
A legislação ambiental também prevê que as multas podem ser acrescidas de valores adicionais, como taxas para a recuperação da área degradada. Essas penalidades visam garantir que o infrator arcará com os custos do dano causado ao meio ambiente. Em casos mais graves, as multas podem ser complementadas com outras medidas punitivas, como a suspensão de atividades e até mesmo a apreensão de equipamentos utilizados na prática do crime.
Quais outras penalidades podem ser aplicadas aos infratores?
Além das multas, os infratores podem ser penalizados com a obrigação de recuperar a área degradada, o que gera custos adicionais e compromete a operação da propriedade. A recuperação ambiental pode envolver reflorestamento, revitalização de nascentes e a limpeza de corpos d’água, o que pode ser um processo demorado e dispendioso para o infrator. Em alguns casos, a recuperação é uma exigência legal, e o não cumprimento pode agravar ainda mais as penalidades.
Em infrações graves, como o tráfico de animais silvestres ou a destruição de unidades de conservação, o infrator pode ser condenado à prisão. Como aponta Carlos Eduardo Moraes Nunes, a legislação também prevê a suspensão de atividades agrícolas, a apreensão de equipamentos e até o embargo da propriedade, o que pode afetar significativamente a economia do proprietário. Esses mecanismos visam garantir que os infratores paguem pelo dano ambiental causado e que práticas sustentáveis sejam adotadas no campo.
Desse modo, as consequências legais para quem comete crimes ambientais em propriedades rurais são pesadas e podem afetar tanto o bolso quanto a liberdade do infrator. Além das altas multas, as penalidades incluem a recuperação de áreas degradadas e, em casos mais graves, a prisão. Por isso, como destaca o advogado especializado Carlos Eduardo Moraes Nunes, é fundamental que os proprietários rurais se atentem às leis ambientais e adotem práticas sustentáveis para evitar prejuízos legais.